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Espionagem
Espionagem

Como funcionam os serviços secretos de inteligência? Esses espiões existem, sim, geralmente ocultos sob cargos que lhes permitem viver legalmente no exterior.

Quando se fala nisso, a primeira imagem que vem à cabeça é a do agente que opera em países remotos, cooptando funcionários do governo adversário e enviando para casa relatórios em código. Não é uma imagem errada. Esses espiões existem, sim, geralmente ocultos sob cargos que lhes permitem viver legalmente no exterior: diplomata, jornalista ou empregado de empresas públicas ou privadas. Só neste ano, os Estados Unidos expulsaram quase 50 diplomatas russos acusados de espionagem. Em represália, o Kremlin fez o mesmo. Hoje, porém, os serviços secretos dependem mais de gente boa em análise de sistemas e em telecomunicações. Não por acaso, o orçamento da CIA (Agência Nacional de Inteligência) equivale à metade dos gastos da NSA (Agência Nacional de Segurança), cuja missão é interceptar todas (todas!) as conversas telefônicas, e-mails e mensagens de rádio no planeta. Para isso, gastam 7 bilhões de dólares por ano.

É muito dinheiro, mas representa apenas metade do orçamento da NRO (Serviço Nacional de Reconhecimento), a que mais gasta entre as 15 agências de inteligência americanas. Ela consome 30 bilhões de dólares ao ano, porque desenvolve e fabrica satélites. Mas muita coisa ainda vai mudar nesse setor depois de 11 de setembro. “Nos Estados Unidos, cresce a pressão para que os órgãos de inteligência troquem dados entre si”, diz o cientista político Marco Cepik, da Universidade Federal de Minas Gerais. Havia indícios de que os atentados terroristas poderiam ocorrer, mas as pistas ficaram dispersas nos labirintos da burocracia. Agora, a CIA voltará a meter o pé na lama: uma das primeiras medidas do presidente George W. Bush após os ataques foi revogar leis criadas nos últimos 15 anos que impediam os agentes de contratar criminosos e matar líderes políticos. Ganharão espaço também os espiões clássicos, com seus informantes.

Afinal, quando foram procurar bin Laden, os americanos não tinham ninguém infiltrado no Taleban, porque viver em lugares inóspitos parecia sacrifício demais. A CIA havia virado um lugar de “mauricinhos”, como sugeriu Reuell Gerecht, ex-agente da CIA no Oriente Médio: “Operações que incluem a diarréia como modo de vida simplesmente não acontecem mais”, disse ele. Ou melhor: não aconteciam.

Kim Philby (1912-1988), o mais famoso espião do século XX, era o cabeça das operações anticomunistas da inteligência britânica. Demorou décadas para descobrirem que ele trabalhava como agente duplo, ajudando os soviéticos


Ninhos de arapongas
Ficha resumida das agências de espionagem e suas atividades


INGLATERRA
AGÊNCIA - MI5 (Serviço de Segurança)
ATIVIDADES - Age dentro do país, combatendo espionagem estrangeira

AGÊNCIA - MI6 (Serviço Secreto de Inteligência)
ATIVIDADES - Aqui trabalham os espiões internacionais da rainha, como 007

FRANÇA
AGÊNCIA - DST (Direção de Vigilância Territorial)
ATIVIDADES - Combate a espionagem política e econômica e o terrorismo dentro do país

AGÊNCIA - DGSE (Direção Geral de Segurança Exterior)
ATIVIDADES - Grampeia comunicações, faz espionagem e promove ações no exterior

ESTADOS UNIDOS
AGÊNCIA - CIA (Agência Central de Inteligência)
ATIVIDADES - Faz espionagem e opera ações contra inimigos no exterior

AGÊNCIA - FBI (Bureau Federal de Investigações)
ATIVIDADES - É polícia federal e responsável pela contra-espionagem no país

AGÊNCIA - NSA (Agência Nacional de Segurança)
ATIVIDADES - Intercepta todas as comunicações no mundo (de telefonemas a e-mails)

RÚSSIA
AGÊNCIA - SVRR (Serviço de Espionagem Exterior)
ATIVIDADES - Um dos herdeiros da KGB, faz espionagem clássica fora do país

AGÊNCIA - SFS (Serviço Federal de Segurança)
ATIVIDADES - Também herdeiro da KGB, é o órgão de polícia política

AGÊNCIA - GRU (Serviço de Inteligência Militar)
ATIVIDADES - Promove investigação e espionagem para as forças armadas

BRASIL
AGÊNCIA GOVERNAMENTAL - Abin (Agência Brasileira de Inteligência)
ATIVIDADES - Criada em 1998, seu campo de atuação ainda está sendo regulamentado.

AGÊNCIA - PF (Polícia Federal)
ATIVIDADES - Investiga crimes federais e controla fronteiras e imigração

BRASIL
AGÊNCIA PRIVADA - ( ANI ) (Agência Nacional de Inteligência) Criada em 1999. Coordenada pelo Diretor Geral Detetive Oliveira e seus auxiliares. Sua missão é assessorar empresas privadas ou públicas na elucidação de casos complexos onde a infiltração seja única forma de conseguir obter as provas necessárias à elucidação dos mais variados casos, atender a casos de pessoas físicas dos mais variados, tais com: infidelidade conjugal, maus tratos, busca de pessoas desaparecidas, sequestros, roubos, furtos, homicidios, dentre outros.

Tem como missão ainda, contribuir voluntariamente ou mediante contrato, com o Governo na coleta de dados sobre crimes políticos em todas as esferas das administrações públicas Federal, Estaduais e Municipais, contribuir também com órgãos de combate ao tráfico de pessoas, combate ao crime de pedófilia, abusos sexuais, grupos de extermínio e crimes por parte de autoridades dos poderes Judiciários, Polícias e das administrações penitênciárias, e de todos os desrespeitos com os direitos humanos, levando a ONU, a Anistia Internacional, ao Ministério Público Federal, ao tribunal internacional de Haia todas as informações que forem coletadas dentro da legalidade, sempre em consonância com a legislação vigente em nosso país.

CHILE
AGÊNCIA - Agência Nacional de Inteligência ( ANI ) ATIVIDADES - Criada em 1998, seu campo de atuação ainda está sendo regulamentado. Agência de inteligência nacional sua missão é coordenar e assessorar a inteligência. Ela está ligada administrativamente ao Seu diretor atual Gonzalo Yuseff Quiroz. O diretor anterior era Gustavo Villalobos, que também foi o último director da Direcção de Segurança Pública e Informação.( Dirección de Seguridad e Informaciones em espanhol).

Documentos revelados pelo ex-funcionário da NSA Edward Snowden detalham maneiras pelas quais órgãos americanos realizaram uma operação de vigilância global.

Documentos divulgados pelo ex-funcionário da inteligência americana Edward Snowden sugerem que o governo americano realizou operações de vigilância em massa em todo o mundo - incluindo em seus países aliados.

As acusações fizeram com que o comitê de inteligência do Senado prometesse rever o modo como a maior organização de inteligência do país - a Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) - realiza as operações.

Saiba o que se sabe até agora, de acordo com os documentos 'vazados', dos principais métodos utilizados pela agência.

1. Acesso a informações de empresas de tecnologia

Em junho, os documentos divulgados pelo jornal Washington Post revelaram como a NSA têm acesso a diversas grandes empresas de tecnologia pela 'porta dos fundos'.

A agência tinha acesso aos servidores de nove empresas de internet, incluindo Facebook, Google, Microsoft e Yahoo, para monitorar comunicações online como parte de um programa de vigilância chamado Prism.

Os documentos afirmam que o projeto deu à NSA - e ao serviço de inteligência britânico GCHQ - acesso a e-mails, chats, informações armazenadas, chamadas de voz, transferências de arquivos e dados de redes sociais de milhares de pessoas.

No entanto, as empresas negaram que tivessem oferecido 'acesso direto' a seus servidores para a agência.

Alguns especialistas também questionaram o poder real do Prism.

O professor de perícia digital Peter Sommer disse à BBC que o acesso pode ser mais semelhante a uma 'portinha de cachorro' do que a uma 'porta dos fundos' - de modo que as agências de inteligências pudessem acessar os servidores somente para coletar inteligência a respeito de um alvo específico.

2. Extração de dados de cabos de fibra óptica

Ainda no mês de junho, mais documentos do serviço de inteligência britânico publicados pelo jornal 'Guardian' revelaram que a Grã-Bretanha extraía dados de cabos de fibra óptica que transportam comunicações globais e compartilhava as informações com a NSA.

Os documentos diziam que o GCHQ tinha acesso a 200 cabos de fibra óptica, o que dava ao órgão a capacidade de monitorar até 600 milhões de comunicações todos os dias.

As informações sobre o uso de internet e telefone eram supostamente armazenadas por até 30 dias para que fossem filtradas e analisadas.

O GCHQ se recusou a comentar as acusações, mas disse que sua obediência à lei era 'escrupulosa'.

Em outubro, o jornal italiano 'L'Espresso' publicou acusações de que a GCHQ e a NSA alvejaram três cabos submarinos que terminavam na Itália, para interceptar dados comerciais e militares.

Os três cabos, na Sicília, se chamavam SeaMeWe3, SeaMeWe4 e Flag Europe-Asia.

3. Escuta em telefones

Em outubro, a mídia alemã afirmou que os Estados Unidos grampearam o telefone da chanceler alemã Angela Merkel por mais de uma década - e que a vigilância só acabou há alguns meses.

A revista 'Der Spiegel', também citando documentos revelados por Edward Snowden, sugeriu que os Estados Unidos tinham acesso ao telefone de Merkel desde 2002.

Os documentos citados pela revista dizem que uma unidade de escuta ficava dentro da Embaixada americana em Berlim - e que operações semelhantes aconteciam em outras 80 cidades pelo mundo.

O jornalista investigativo Duncan Campbell explica em seu blog como áreas com janelas fechadas, visíveis do lado de fora dos prédios oficiais poderiam na verdade ter 'janelas de rádio'. Estas janelas externas - feitas de um material que não conduz eletricidade - permite que sinais de rádio passem e cheguem até os equipamentos de coleta e análise dentro dos edifícios.

A 'Der Spiegel' disse que a natureza do monitoramento do celular de Merkel não estava clara nos documentos divulgados.

No entanto, relatos posteriores afirmaram que dois dos telefones da chanceler haviam sido grampeados - um telefone não criptografado usado para ocasiões informais e um aparelho criptografado, usado para o trabalho.

De acordo com especialistas em segurança, os sistemas padrão de criptografia dos telefones celulares podem ser vulneráveis porque seus sistemas para 'embaralhar os dados' são - em termos de software - separados dos programas utilizados para criar mensagens.

Por isso, é possível que uma operação de escuta se posicione entre o software que faz a mensagem e o sistema de criptografia em cada uma das pontas da conversa - e tenha acesso à informação antes que ela seja criptografada ou depois que é reordenada.

A criptografia de ponta a ponta, que agora é adotada por muitos, preenche esta lacuna ao fazer com que o programa de mensagens faça o 'embaralhamento' diretamente. Além disso, muitos destes sistemas compartilham dados em redes fechadas, então muitas mensagens não passam pela internet e só são reordenadas quando chegam ao seu destinatário.

Além do telefone de Merkel, há acusações de que a NSA teria monitorado milhares de chamadas telefônicas de cidadãos alemães e franceses, além de e-mails e chamadas dos presidentes do México e do Brasil.

Reportagens do 'Guardian' também afirmaram que a NSA monitorou os telefones de 35 líderes mundiais depois de ter recebido seus números de telefone de outro oficial do governo americano. Edward Snowden também foi a fonte dos documentos que revelaram estas informações.

4. Espionagem dirigida

Ainda em junho, a revista alemã 'Der Spiegel' afirmou que a NSA teria espionado também os escritórios da União Europeia (UE) nos Estados Unidos e na Europa.

A revista disse ter visto documentos revelados por Snowden mostrando que o país teria acesso a redes de computadores internas da União Europeia em Washington e do escritório da ONU em Nova York.

Os documentos também sugeriam que a NSA realizou uma operação de escuta em um edifício em Bruxelas, onde funcionam as sedes do Conselho de Ministros da UE e o Conselho Europeu.

Pouco depois, em julho, o 'Guardian' disse - citando como fonte outros documentos 'vazados'- que um total de 38 embaixadas e missões foram 'alvos' de operações de espionagem americanas.

Os países alvejados incluíam a França, a Itália e a Grécia, assim como outros aliados não-europeus dos Estados Unidos como Japão, Coreia do Sul e Índia.

Embaixadas e missões em Nova York e Washington também estariam sob vigilância.

Os documentos, segundo o jornal, detalharam 'uma variedade extraordinária' de métodos de espionagem usados para interceptar mensagens. Elas incluíam grampos, antenas especializadas e escutas.